quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Quem é vivo sempre aparece, não é?

Eu tento me agarrar as coisas boas, me agarras nas alegrias e deixar que elas me levem, mas acho que estou pesada demais por culpa dessas feridas. Eu tento acreditar que tudo parece melhorar, mas todos esses sentimentos apenas estão sendo escondidos, eles não se vão, e uma hora ou outra eles aparecem. E quando aparece, dói demais. Eu passo a maior parte do tempo tentando ser feliz, mas chega uma hora que as lágrimas precisam escorrer e o coração doer. E eu espero que demore a hora de sangrar de novo. Afinal, quem é vivo sempre aparece, e essa dor está viva em mim.
Aliás, se quem é vivo sempre aparece, já está passando da hora de você aparecer. Às vezes eu acho que estou voando pela esta imensidão que é o mundo apenas tentando te encontrar. Afinal, para onde os pássaros voam? Os pássaros voam em busca do seu par, em busca de um lugar onde eles se sintam bem morando. E a minha casa sempre foi você. Mas as minhas asas estão cansando, sabe? Procurar cansa, demais. E eu tento deixar o vento me levar para o caminho certo, mas a pressa é grande de te encontrar, e os ventos nem sempre me parecem confiáveis. Eu já não controlo minhas asas, e então elas batem à sua procura, sempre. Eu tento sentir a alegria em mim, e desvendar os meus pequenos-olhos-de-passarinho, mas não dá. Só o que eu vejo é você, e só onde me encontro é com você. É como se eu estivesse sem ninho, sem abrigo, já que meu abrigo sempre foi você.

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