domingo, 25 de setembro de 2011

Livre

Procuro palavras para descrever o que estou passando agora. É como um verdadeiro amor maduro. Amor maduro é conviver, é entender, é aguentar, é esperar, calmar. O desespero passou, e os pássaros parecem, agora, sorrir para mim. A coruja pode descansar e o binóculo sumiu de meu pescoço. Mas muito, muito infelizmente, o lápis também. O lápis, o papel e as palavras-sentimentais. Aconteceu o que eu tinha medo de acontecer, e eu espero que isso não dure mais. Me disseram que a felicidade é o que mais vale, e não importa se eu continuarei escrevendo ou não, porque a felicidade é mais importante. Mas eu não concordo. Escrever faz tanto a minha felicidade, sabe? É como ser feliz escrevendo e lendo a minha própria tristeza. É tipo se não fosse eu. Mas eu não quero ser triste, não mais. E então eu só posso prometer que eu vou escrever. Eu vou dar um jeito. Porque, parece-me, que para ser feliz é preciso ser livre, é preciso ser leve, mas o papel, não pesa.

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