segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

(eu sei que você não vai voltar, mas por favor, me deixe sonhar)

Há algum tempo não te escrevo. E nem queria, sabe, mas é que às vezes dá saudade e, eu já devia ter me acostumado. Mas entre a vontade de fingir que não sinto nada, e o desejo de gritar esse grande amor por aí, sobra a saudade e a vontade de te escrever uma carta sem fim, com "te amo" infinitos e talvez até sem meu nome no final. Você saberia quem sou? Ainda se lembra de mim, ou nem sequer um dia soube quem realmente fui? Você sabe do meu amor por você, não sabe? Pois às vezes penso que não consigo sair desse vício porque você não sabe, porque não se lembra, não disse sim ou não… Eu não sei se você vai voltar, e a dúvida machuca muito. (eu sei que você não vai voltar, mas por favor, me deixe sonhar) Eu só preciso de uma resposta, eu preciso de uma resposta! Uma resposta que há meses, muitos meses, espero, e que nunca vem. Você não vem, a resposta não vem, e a dor não se vai...

Mas agora, eu só quero dizer que, se você voltar… Tanta coisa mudou! Eu não sou mais aquela criança que você conheceu. Mudei tanto, tanto externa quanto internamente. Dizem que eu sou uma caixinha de surpresas, então, deixa eu me abrir pra você, deixa eu te surpreender!  Deixa eu te mostrar que tudo mudou, que muita gente foi embora, mas que você continua aqui, deixa eu te provar o meu amor, deixa eu te dar o meu amor. (quem sabe aí eu me livro dele) Deixa, deixa, deixa. Deixa eu realizar um poucos meus sonhos, tira essas decepções de mim, mostra que pode ser diferente, mostra que os sonhos se realizam, me faz acreditar de novo que tudo é possível. Me mostra que o silêncio nem sempre é solidão, faz eu me lembrar como é se sentir inteira de novo, me mostra que eu não preciso de ninguém, só de você e eternamente você. Faz isso, por favor. Mesmo que eu não mereça, por favor. Faz isso porque eu já fiz muito por você, porque eu escrevi muito pra você, porque eu chorei muito por você, porque eu sangrei muito por você, porque doeu muito por você, porque eu joguei tudo pra ficar com você, porque eu continuo aqui por você. Faz isso, mesmo que seja por dó, mesmo que eu não mereça, faz isso. Dá um sinal, me pede pra esperar, pois eu espero. Eu te juro que espero, espero dias, meses, anos. Por você, eu espero e não estou de brincadeira. Deixa eu te mostrar que não se pode medir esse amor, nem escrever, nem cantar, nem chorar. E que nem que eu escrevesse aquela carta sem final, eu não vou conseguir te dizer o quanto eu preciso de você, o quanto eu quero você, o quanto eu quero tudo de antes, o quanto eu não aguento mas esperar, porém espero. Por você, eu espero.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Sinceros parabéns

Não vou fazer um texto me declarando, nem um texto pedindo para o passado voltar. Eu nem sei se eu devia escrever um texto! Mas a gente vai escrevendo, e jogando tudo pra fora, tentando esvaziar esse buraco imenso que temos dentro da gente. 
Hoje, quem fez meu buraco foi a pessoa mais filha da puta que existe. E falo palavrão mesmo. As coisas se tornaram assim, feias igual um palavrão. A vida de uma menina, que era pra ser uma mocinha comportada esperando seu príncipe tornou-se uma verdadeiro filme de terror.
Mas não quero reclamar. Aliás, quero sim. Quero quebrar tudo, quero xingar todo mundo, quero que tudo isso acabe. Talvez porque você tem sido tudo, e todos. Mas você devia ser nada, ninguém. E talvez já seja. Porque a gente tem essa mania chata de querer botar as piores pessoas nos melhores lugares. Em todos os lugares. Mas hoje eu vou revolucionar.

Querido, vá se foder. 

E falo sério. Não ligo mais. Não te ligarei nunca mais, vou continuar tentando apagar o seu número de telefone da minha agenda. O seu número de telefone... Aquele, especial, que passo horas olhando, lendo, letra por letra, número por número que me faria escutar sua voz. Sua voz tão enlouquecedora, de quem diz "não ligue mais para cá, eu não quero te ouvir". E é isso mesmo, você não quer me ouvir. Por isso, te digo: eu não ligo mais. 
Não vou dizer que você vai sair dos meus dias, dos meus sonhos, do meu inconsciente que chama por ti. Não prometo apagar todas as lembranças, todos os risos e promessas. Pois isso não se apaga. Essas coisas se enterram, lá no fundo, à sete palmos debaixo do chão. Mas isso parece pouco... A saudade sempre me dá forçar pra cavar. 
E então, enquanto eu minto para mim mesma, enquanto eu digo que nada disso que eu escrevi importa, enquanto eu tento apagar o seu nome da minha agenda (e do meu coração)... Você. Aí está você, falando as mesmas coisas de sempre, com as mesmas pessoas que eu sempre senti ciúmes de sempre. E isso que me deixa intrigada: você sempre está aí para as mesmas pessoas de sempre. Menos para mim. Por que? Por que? Por que? Eu te dei tudo o que sobrou de mim! Foi pouco demais? Eu sou tão insuficiente assim? Ou, me diga: foi demais pra você? Foi peso demais pra você? É difícil ser o porto-seguro das pessoas, eu sei. 
Diga que eu fui demais pra você! E eu te responderei apenas com um "foda-se" e um sorriso. É assim, não é? Não me confunda mais. Apenas diga que tudo acabou, e eu prometo que serei boa o bastante para ir embora para sempre. Para sempre. 


Feliz aniversário, Guiga! Mesmo que você não leia isso, e, eu sei que não vai ler. Feliz aniversário! Esse é o meu presente para você, e saiba que ele vem do fundo do meu coração! 

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Molho de chaves

Seus olhos atentos procuravam algo. Não se sabia o que, nem para quê. Costumavam dizer que seus olhos grandes e negros eram olhos de fotógrafo, pois via magia no que já era rotina.

Ou talvez sejam olhos de filósofo?

Perdida no porão da casa antiga de sua avó, o que ela queria achar? Algumas caixas e relógios que não querem mais contar o tempo (quase todos têm esse medo, de perceber que está ficando velho). Alguns jornais rasgados e alguns vinis empoeirados dos Beatles. Afinal, o que ela procurava ali? 

O que você procura aí, pequena?
Saia desse porão, aí tem poeira demais.
Vá lá pra fora, vá ver o sol brilhar. 
E... Oh! Não chore, não chore. 
Você não vai encontrá-lo aqui!
O passado já passou, agora, por favor, suba. 

Mas seus olhos atentos não paravam de procurar. Eu sei, é difícil deixar o passado no passado. Mas talvez, eu não sei. Talvez quem sabe ela encontre algo, não é? A gente sempre tenta ter olhos de fotógrafo (ou de filósofo) e encontrar magia no que já é rotina. 

Agora, espere.
Onde ela vai?
O que ela faz com estas chaves na mão?
Pequena, solte esse molho de chaves!
Porque não, eles não vão abrir o seu baú de lembranças.
E, infelizmente, eles não vão abrir novamente seu coração. 

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

quem sabe ela vai acordar em um dia de inverno em uma casa nas montanhas, ir até a sala e encontrar o que teve de mudar oito vezes de cidade para encontrar. quem sabe em um dia rotineiro, como ontem e antes de ontem, ela vire a esquina errada e se depare com um sorriso que havia perdido depois de perceber que os dias rotineiros haviam voltado.

pode estar nos quadros dos mais belos museus
nos copos de cachaça esquecidos no fundo dos bares
nunca se sabe. 
está em tudo, em todo lugar
em cada raio de sol
em cada vez que fecho os olhos
em cada vez que te lembro
e em cada palavra que não escrevo. 
e tomara que esteja no seu coração também!
pois não há porque sentir-se só.


o amor está em todo lugar. 

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Dois mil e doce.

"Ano novo, vida nova." Vamos lá 2012, mostre-me o que tem para me dar.
Há tantas coisas novas para conhecer, viver, sentir. Não se pode desistir.
Há tantos caminhos que ainda não percorri, tantos passos que ainda não dei. Não posso ficar no chão, no fundo do poço. E como não pensar nos caminhos que me trouxeram aqui... Há que seguir agora.
Há tantos livros que ainda não li, tantas palavras que não sei, tantas histórias que não vivi. Vamos mudar de página, temos que continuar com o nosso livro.
Há tantas danças que eu não vi, tantos passos que ainda não aprendi. Tenho que aprendê-los para continuar nessa difícil dança que é a vida.
E assim continuamos, por aí... Pelos caminhos, nas páginas dos livros, nos bailes, nos bares. Apenas continue. Ainda há tanto por vir! Esperemos que 2012 seja doce. E eu, espero que nós sejamos mais doces! 

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