terça-feira, 31 de maio de 2011

Quanto mais alto mais bela a vista.

            A gente sempre insiste em dizer que vai ficar tudo bem, a gente sempre diz que tudo vai dar certo, mas a gente nunca sabe de nada. A gente sempre insiste em fazer promessas, verdadeiras ou não, certas ou não, ilusórias ou não. Elas querem nos dar apoio, mas ficamos tão pesados que a única maneira é encher-nos de ilusões. Voamos. Até essa ilusão acabar e cairmos.
            Apenas lembre-se: quando as falsas ilusões acabam, caímos; mas quando ilusões são verdadeiras, quanto mais alto mais bela a vista. 

domingo, 29 de maio de 2011

O "adeus" que não foi dito.


Eu não me lembro quando você se foi. Eu não me lembro do ultimo adeus. Eu não me lembro do nosso ultimo dia. Eu apenas me lembro que, por um momento, eu parei de prestar atenção em você e você simplesmente se foi. Eu não sei porque você se foi, e não lembro se você me pediu desculpas antes de ir. Eu apenas sei que você disse que nunca deixaria de me amar e só. E essa falta de lembrança dói. Como se tudo tivesse ido embora, como se eu nem sequer te amasse mais -pois sei que você não está nem aí para o meu amor. E então, por que esse sentimento? Sentimento de perda de algo que nunca foi meu, ou foi. Vou saber. Sentimento de vazio, de estar completa pelo vazio. Desilusão. Sem sonhos para o futuro e sem querer correr atrás de um. "Não deixe que um menino estrague a sua adolescência" Eu sinceramente não deixei, mas tem sido simplesmente inevitável. 

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Vale tudo por mim quando estou com você.

Eu amava isso. Eu o amava e me amava quando estava com ele. Naquela sala, deitados naquele sofá velho. O sol estava se pondo na janela e a noite estava chegando, deixando a sala cada vez mais escura. Podíamos ouvir nossa respiração calma. Eu te amava por fazer os momentos tão perfeitos. Perfeitos como esse e tantos outros. Você apenas me abraçava, às vezes me acariciava o corpo. Você também me amava, e isso era um sentimento tão bom. Amar e ser amada é sentir-se completa, é quando chorar vale a pena. É quando sonhar junto parece menos ilusório -embora as vezes seja-, é quando dormir é difícil. É quando chegamos em todos os lugares sorrindo e alegres tentando expor um pouco do nosso amor, e do amor que recebemos. É bom. Ou talvez seja mais que isso. É ótimo, é maravilhoso, é perfeito. E é tão bom que eu sinto medo. Eu sinto medo de te deixar ir, de fazer você ir, de ver você ir. Mas até deixar você ir valeria a pena. Vale tudo por você, por nós, por mim quando estou com você.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Eu odeio me sentir só, me sentir vazia. Como se qualquer coisa ou qualquer pessoa, por melhor que seja não consiga fazer algo que realmente toque meu coração. É como se ele estivesse entre paredes, como se lá estivesse um eco. Como se eu estivesse esperando alguém que tivesse coragem de entrar, de chegar lá no fundo tão fundo para me salvar. Ninguém nunca fez isso, e talvez ninguém nunca faça. Mas o que me resta é esperar, embora isso seja ridículo, isso seja doloroso e desesperador. Eu não conseguirei sozinha. Falta algo, falta alguém. Falta você. Falta alguém tão corajoso quanto você foi amado por mim. Alguém que se entregue assim como eu me entreguei, alguém que segure a minha mão, e que não a solte. Falta alguém que me faça sorrir como um dia eu sorri, que me espere enquanto eu ainda precisar assim como eu espero por você. Alguém que sinta a minha falta assim como eu sinto a sua. Alguém que entenda o que é ter um coração partido, alguém que me faça esquecer sempre que eu precisar, mas alguém que não se esqueça de mim. E eu tenho medo que esse alguém nunca chegue e que eu continue aqui nessa triste esperança. Eu tenho medo ninguém nunca chegar e você nunca voltar. De eu ver as pessoas passarem reto e não conseguir seguir os seus passos, pois as paredes ainda estão aqui, e eu tenho medo do meu coração nunca mais conseguir ver nada, além das nossas lembranças.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Elas não estão nem aí.


As mesmas pessoas que presenciaram quando fomos deixados por alguém, que viram nossa tristeza e desespero, são as pessoas que estão indo agora. A verdade é que elas não estão em aí. 

"Mas um dia, eu o perdi."

            Um dia eu perdi alguém que eu considerava tão grande quanto a mim mesma. Eu perdi alguém e perdê-lo foi como perder a mim mesma. Eu me afoguei em lagrimas que eu pensei que nem existiam, que eu nem possuía. Eu joguei tudo o que eu tinha para fora apenas para deixá-lo entrar, pois eu imaginei que isso fosse tão grande que ocupasse tudo. Não coube espaço. O sentimento foi tão forte que eu fui deixando todos de lado e ficando apenas com ele. Eu me segurei nele como se não conseguisse andar sozinha, mas de alguma forma eu realmente, naquele momento, não conseguiria. Estava pesado. Eu estava tão cheia de amor que transbordava, eu chorava de amor e de saudade por não poder tê-lo aqui. Era uma necessidade. Mas um dia, eu o perdi. Foi tão rápido e tão frio que eu mal percebi que agora seria para sempre. Foi mais do que falar adeus, mas mais difícil de agüentar. Doeu. Sangrou. Foi uma ferida tão profunda que ainda não se curou. E nem vai curar. Mas “algumas coisas acontecem, e querendo ou não, você tem que agüentar”. Eu pensei em desistir tantas vezes, eu pensei em fugir tantas vezes, mas eu apenas pensei. Eu disse para mim “nunca mais”, mas eu acabei percebendo que como o sempre, o nunca também não dura para sempre. A vida acabou me obrigando a entender que as coisas são assim. Que as pessoas vem, e que se vão. E que nós, não podemos fazer nada. E embora isso seja triste, isso magoe, temos que aceitar. Você deve seguir em frente como esses que te deixaram seguiram. Nós apenas devemos ir pelo caminho certo, pois nós reclamamos que as pessoas se vão de nós, mas nós nunca paramos para pensar quem já deixamos para trás. 

domingo, 22 de maio de 2011

"Você diz que as ama como se soubesse o que o amor é"

            Você se foi, se foi embora como vai sempre. Você diz que não dá mais, que cansa, que não gosta de rotinas e inventa qualquer desculpa que para você se torna convicente e vai embora. A verdade é que você não agüenta, você não agüenta ver alguém apaixonado por você, você não agüenta ver que você sente algo maior por alguém. Então você vira as costas e me faz chorar como tivesse perdido uma pedaço de mim, pois de alguma forma, eu realmente havia perdido. Então como sempre, eu me tranco em um quarto e apenas choro e durmo por alguns dias, enquanto você sai com os amigos e beija todas as meninas que vê pela frente, você diz que as ama como se soubesse o que o amor é e elas, iludidas como um dia eu fiquei, retribuem. Elas fazem tudo o que você pede, elas fazem mais do que você pede, elas querem ser a melhor. Você aproveita, você suga todas a força que elas tinham, você a enche de sonhos e depois diz que não dá mais, que cansa, que não gosta de rotinas e inventa qualquer desculpa que para você se torna convincente e vai embora. E assim infinitas vezes, ate quem sabe um dia você procurar alguém que viste de você e perceber que todas que um dia gostaram, elas já se foram.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

"Falar é fácil, o difícil é sentir."


Você já não me ouve como antes. Você já não me olha como antes, você já não me quer como antes. Você já não me ama como antes. Mas, um dia você me amou? Pois pode acontecer apenas uma troca de olhares e as pessoas já acham que é amor. Ou elas insistem em querer que seja. Um oi ou talvez um adeus e elas já acham que foi amor, ou talvez que será. Mas então você disse que não importava o que eu fizesse, você sempre estaria comigo, mas nunca disse que iria embora se alguém me fizesse sofrer. Você nunca quis estar aqui nos momentos tristes. Você nunca quis limpar uma lagrima minha, você nunca quis me levantar quando eu estava no chão. E por isso eu te pergunto: algum diz assistiu amor? Algum dia existiu carinho? Algum dia existiu algo? Pois falar é fácil, o difícil é sentir. E eu sempre me joguei em seus braços, mas eu nunca senti que você realmente quisesse me abraçar.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

"O ódio sempre anda junto com o amor."

            Eu tinha medo de perdê-lo. Tinha medo de nunca realmente tê-lo. E tinha todos esses medos que as pessoas têm quando amam. Eu me odiava por amá-lo. Me odiava por não ser o suficiente para ele, por não ser sua namorada, sua melhor amiga, sua amiga mais bonita, por talvez, nem ser sua amiga. Odiava ter que ver ele com outras, com outros, com pessoas. Odiava quando ele sorria e não era para mim, e odiava quando ele sorria para mim e eu me encantava ainda mais. Odiava nossos finais de conversa, os finais das nossas aulas, do nosso dia. Odiava ter que ir dormir e ele ainda não ter ligado para dizer que me ama. Bom, talvez ele nunca faria isso. E eu me odiava por ser tão iludida. Odiava minhas ilusões, meus sonhos, e odiava saber que nunca se realizariam. Eu me odiava, eu o odiava por inteiro. Mas infelizmente dizem que o ódio sempre anda junto com o amor. 

Medo

            Eu já cansei de pedir pra você voltar. Eu já cansei se perguntar onde você está, com quem, pensando em que. Pensando em mim? Eu já cansei de dizer que o para sempre não exista embora eu ainda não consiga realmente acreditar nisso. Eu não sei se a decepção não foi assim tão grande quanto seja para outras pessoas (mesmo que eu tenha achado muito grande), mas, eu não consigo me contentar com um tempo. Isso parece pouco, perto do que podemos viver, do que podemos conhecer, do que podemos sentir. Do meu amor por você. E eu tenho medo, pois eu não sei até onde esse amor pode chegar. Eu tenho medo de me sentir ainda mais sufocada do que me sinto, eu tenho medo de ficar sem ar. Eu tenho medo de não conseguir engolir o tempo, de não conseguir achar desculpas para mim mesma. Eu tenho medo de não aguentar, de explodir mais ainda do que eu tenho explodido. Eu tenho medo que isso não passe nunca e talvez eu tenha medo que passe, pois eu odeio me sentir vazia. Eu tenho medo que o amor seja pouco ou que talvez seja demais. Eu tenho medo de não conseguir levar tudo isso, tenho medo de desistir. Eu tenho medo de me sentir mais sozinha do que já me sinto mas também tenho medo de estar tão cheia ao ponto de transbordar. Eu tenho medo que você não volte, mas tenho medo que você volte e vá embora de novo. Tenho medo de você não me salvar, ou talvez de eu não conseguir salvar a mim mesma. E eu tenho medo que o para sempre dure sempre mesmo, e que esses medos todos nunca passem. 

terça-feira, 17 de maio de 2011

Saudade

            Como a saudade consegue ser tão forte por algo que deveria ser tão calmo? Amor. Eu sinto falta do amor! De um dia tê-lo apenas para mim, de senti-lo aqui dentro do meu coração. Sinto falta de me sentir completa. Completa de amor, completa de dor. Completa de qualquer coisa! Eu só quero preencher esse vazio que está aqui, me consumindo aos poucos. Eu apenas quero curar essa ferida. Pois eu estou sangrando por algo que não terá cura. E o pior não é a dor, mas sim saber que não passará. Não logo, não agora. Está doendo pela dúvida de esperar ou partir para outra, embora eu já tenha tentado isso. O problema sou eu! Eu que estou esperando por uma pessoa que não voltará! Que estou chorando, que estou escrevendo textos, para uma pessoa que não os lerá. O problema sou eu, que digo que mudarei, e continuo fazendo tudo sempre igual. 

Sentimentos roendo meu coração.

            A verdade é que eu não sei como fazer isso acabar. E então, eu me calo e deixo os sentimentos roerem meu coração como se quisesse fazê-lo sumir. Fazê-lo virar apenas migalhas, pois assim eu não sentiria mais nada. Só que não dá mais. Isso não funciona, nada funciona. E eu não consigo mais esperar. Eu preciso de uma solução, pois eu já perdi tempo demais aqui. 

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Há algo que sempre estará aqui?

Por favor me diga que sim, apenas não me diga que será você. A palavra sempre já dói tanto. Ela me faz sonhar como se esse "sempre" existisse mesmo. Então, por favor, não me prometa nada. Pois eu não sei se é melhor viver sem essas ilusões que nunca passam apenas de ilusões ou viver um sonho que nunca se realizará de verdade. As ultimas promessas... Elas foram tão falsas quanto o amor que eu pensei que você sentisse por mim. Nada nunca existiu. E onde foram parar os sonhos? Bom, eles estão guardados. Apenas para lembrar nos momentos em que eu estiver chorando por você. Pois eu fui me tornando isso: um baú de lembranças. Lembranças de você, de nós e dos momentos que um dia eu pensei que viveríamos juntos. E talvez sim, isso sempre estará aqui.

domingo, 15 de maio de 2011

Diga tchau e se vá.

           O dia estava nublado e frio. Um clima de velório invadia o ar, o carro onde estávamos. Você falava os planos que tinha para a sua universidade de Jornalismo na Inglaterra e eu ouvia. Você parecia empolgado e ao mesmo tempo tímido, por estar me falando aquilo tudo. Eu já não aguentava mais te ouvir, eu não aguentava mais saber dos seus planos, saber que você passaria tanto tempo fora e eu não estaria lá. Algumas lágrimas caiam de meus olhos as vezes, mas você não podia vê-las pois estava dirigindo. A unica coisa que eu conseguia pensar era um jeito de você ficar aqui, comigo. Mas por outro lado eu sabia que não podia estragar tudo, tudo o que você vinha sonhando a tanto tempo. E talvez deixar você ir fosse a unica, e maior prova de amor que eu poderia te dar. Embora saber que você iria e talvez nem voltaria um dia para essa cidade pequena me ver novamente, eu sabia que não podia te impedir, que eu não devia. Você me olhava de vez em quando como se estivesse preocupado, mas sinceramente, eu sabia que não estava. Você continuava falando que ia ser muito legal enquanto eu te imaginava lá.
            Chegamos em minha casa. Você desceu do carro e por algum motivo eu esperei um pouco, olhei para aquele carro que eu tanto tinha andado com você. Lembrei dos dias que saíamos e voltávamos tarde da noite e você me deixava em casa... Nós nunca imaginamos que um dia poderíamos nos separar. Eu não queria sair dali, mas você abriu a porta e pegou em minha mão. Eu saí e fui em direção à porta e você estava logo atrás de mim. Me olhou, acariciou meu rosto um pouco úmido e colocou algumas mexas do meu cabelo atrás da minha orelha. Beijou minha bochecha e disse um tchau tímido, como se fôssemos nos ver amanhã. Mas não iríamos, e algo me dizia que nunca mais iríamos nos ver. Olhei você entrando no carro lentamente, sem olhar para trás. Fechou a porta, ligou o carro e se foi. Desapareceu entre a neblina. Abri a porta da minha casa, entrei. E quando a fechei, me derramei em lágrimas. 

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Você se torna sensível,

Sensível à tudo. Você torna insuportável, seus assuntos, suas reclamações, sua dor, sua vida. Você se torna medroso. Medo de amar, medo de se deixar levar, medo de continuar vivendo e ter que passar por mais uma. Você grita "eu não aguento mais" mas parece que ninguém te escuta, ninguém te entende. Mas, em algum momento eles quiseram saber o porquê de você estar assim? E então você se sufoca, sua garganta está cheia de tanta dor e seus olhos estão segurando lagrimas a tempos, ou melhor, a horas. Quem me dera se eu conseguisse descrever isso em palavras.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Quando as pessoas vão entender

            que não importa para onde você já viajou, o que você tem e que o vai ganhar de aniversário. Porque parece que as pessoas podem ir para todos os lugares do mundo e ainda assim não aprenderão que o que importa não é onde você está e sim com quem você está, ou até, se você está bem consigo mesmo! Que você não precisa fazer inveja nem competir com os seus amigos para ver quem é mais rico ou qualquer coisa assim, pois o que vale não é o que você tem nas mãos e sim no coração. O que importa não é o que você veste, se você tem um celular legal e se você é a pessoa mais bonita da sua sala. Todos têm uma essência e as pessoas vão ter que aprender a valorizar isso! Eu só espero que não demore muito. 

Apenas um café

Entramos em um café para tentar lutar contra o frio. Sentamos-nos à mesa e eu coloquei as mãos em cima da mesa. Ele colocou as suas em cima e olhou fixamente em meus olhos como se quisesse chegar no fundo deles e procurar algo. Eu sabia o que ele queria. Queria um sim, um beijo, um pra sempre. Mas eu não podia lhe prometer nada, eu não podia me envolver com ninguém e ainda mais, eu não queria nada com ninguém. O problema era dizer isso para ele, era resistir a ele. Era olhar em seus olhos e quere-los para mim, quere-los de olho somente em mim! Mas não. E eu não sabia como lhe dizer apenas essa palavra. Em meio do nosso silêncio e olhares, a garçonete chegou.
- Apenas um café e um chocolate quente, por favor!-ele disse.
Engraçado como ele sempre sabia, como me conhecia por inteiro. Gostávamos das mesmas bandas e musicas, dos mesmos programas aos sábados e estudávamos juntos. Não podíamos fugir um dos outro nunca, e isso não me incomodava nada. Pelo contrário. O problema era como os outros se referiam. Como todos sabiam que ele gostava de mim, que ele me amava. Como todos jogavam isso o tempo todo na minha cara e me julgavam por não sentir o mesmo por ele. Como eu odiava isso! Como eu odiava a mim mesma por não ser tudo o que os outros queriam. Tudo o que ele queria. Mas por outro lado, como ele podia gostar de alguém como eu? Tão imatura, tão insegura. Como podíamos andar sempre juntos e ser tão próximos se nem mesmo pensávamos da mesma forma? Ele me tratava como seu bebê e eu odiava isso. Eu só queria ser como ele, eu só queria crescer como ele para a idade nunca nos separar. E eu tentava isso o tempo todo. Enquanto nós conversávamos e ele me contava algumas coisas que aconteciam em sua sala, eu observava a forma como ele falava, como agia, como olhava as coisas. Eu tentava ler os seus pensamentos, e ria. Como ele podia ser tão incrível? E como eu podia não conseguir gostar dele? Como eu era idiota. A única pessoa que até hoje nunca tinha me deixado, e eu ainda duvidava do amor que ele podia sentir por mim?
Por um segundo parei de pensar. Ele parou de falar e ficamos nos olhando. Bem... Eu não estava entendendo muito bem aquilo, mas a sensação era incrível. Ele bebeu um gole de café. Fiz o mesmo com o meu chocolate quente, mas acabei apenas lambendo um pouco do chantili. Ele riu, olhou para baixo e se recompôs.
- Você sabe que tudo só depende de você, não é?
Chegou a hora, pensei. Olhei para nossas mãos novamente juntas e comecei:
- Lucas, você... Você é tão grande perto de mim. Quer dizer, não fisicamente, mas, você é tão maduro. E tenho medo de não te satisfazer, de ser uma criança perto de tudo. Eu tenho medo de não ser boa para você e de acabar te decepcionando. Ou até, me decepcionando. -olhei para ele e vi que estava rindo um pouco - Isso é uma brincadeira?! -perguntei um pouco assustada.
- Brincadeira é o que você falou agora, Jenifer! Olha para você! Você se acha tão pequena e tão imatura, você me acha tão grande... Eu não sou nada disso. Apenas olho para você e tenho vontade de te proteger de tudo e todos! De te defender de qualquer garoto que possa de fazer quaisquer mal como aqueles outros fizeram. Mas você só não deixa isso acontecer.
-Está me chamando de ingênua? -perguntei sorrindo.
-Como você se chamaria nessa situação?
-Diria apenas que estou realmente desprotegida!
Olhei em seus olhos e percebi que eu não estava mais. Chegamos mais perto e... Aconteceu o que todos estavam esperando.

sábado, 7 de maio de 2011

Difícil é esquecer.


Quer dizer, para mim, é tão difícil esquecer. Esquecer quem amou, quem ama. Difícil é parar de amar, é dizer chega mesmo quando não podemos desistir, é amar sem medo de perder mesmo já tendo perdido tantas vezes. Difícil é não perdoar quem amamos embora isso pareça burrice, é não ficar cego de amor, é não querer não enxergar. É não querer fugir, voar, sumir, não amar. Difícil é não perder as esperanças, é olhar para a lua e não pensar naquela pessoa, é não pensar nela o dia inteiro! Difícil é não querer não sentir. E porque, porque ainda escolhemos sempre o lado mais difícil?
            "Não se preocupe com o que está deixando para trás. Certas coisas vão e voltam em nossa vida. No momento certo, elas ficam."Livro Fazendo meu fime.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Algumas coisas nunca mudam

            Lugares mudam, pessoas mudam e lembranças se perdem. Sonhos são esquecidos, pessoas são esquecidas, infelizmente. Mas sentimentos, sentimentos nunca se vão, eles apenas adormecem dentro de si e levam consigo um pouquinho de cada lugar, lembrança, pessoa e sonho. Algumas coisas nunca mudam. 

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Procurando a mim mesma

            Eu andava triste pela noite. Triste já não era a palavra, vazia, talvez. Já era de madrugada, mas nenhum momento o sono chegou perto de mim. Enquanto isso, eu lembrava das suas palavras amorosas e cuidadosas. “Você é tão linda, você é perfeita”. Não! Eu não podia mais chorar, eu não podia mais te querer. Eu não podia mais sentir. Te sentir. Como você pôde fazer isso? Já não há nada para perder tempo? Será que você não sabe que enganar alguém é tão pior quanto enganar a si mesmo? Porque eu poderia estar em qualquer lugar agora, mas por você, ou talvez por mim, eu estou à procura de algo que eu sei que não acharei aqui. Você, eu, nós. Eu sempre tive medo disso. Medo de ter alguém tão apenas para mim, ao ponto de me sentir sufocada. Sufocada de amor, trágico. O amor é uma coisa tão linda e tão esperada por todos, e mesmo assim pode chegar a um ponto que ninguém nunca deseja. Morrer de amor. Morrer por amor, até vai. Amor é uma coisa para ser vivida, não morrida. Mas enquanto as pessoas não entendem isso, elas continuam aí, fazendo as pessoas sofrerem. Um dia todos entenderão. Mas por enquanto, continuarei aqui sofrendo a perda de alguém. Ou mais, sofrendo a minha perda. Ver alguém indo embora, e ver que mais do que ele está indo embora de ti, mas, que você está indo embora com ele. Que o seu coração, que os seus sentimentos, todos sumiram. Bom, acho que é isso que eu estou fazendo aqui: procurando a mim mesma.

Confuso.

            Sem explicações. O que parece tão normal para todo mundo está tão errado para mim! Porque ninguém consegue ver as mudanças tristes que acontecem? Porque todos insistem em não ver? Vocês não aguentam mais consolar uma amiga triste e inconformada com tudo isso? Eu estou gritando por dentro, eu estou dando todas as dicas. É preciso mais? Pois eu preciso. Eu preciso de alguém!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

1 ano de Be Happy

            Me lembro perfeitamente de como a um ano atrás eu comecei a escrever somente porque precisava desabafar. Aqui era um diário, era virtual, mas sentia como se fosse secreto. Quando vi, já tinham no mínimo 10 pessoas que liam e acompanhavam todos os dias. Cheguei a 5 mil acessos e o orgulho foi tanto, que eu soube que nunca iria conseguir deixar o blog. Só que talvez alguém precisasse de uma prova de que eu não desistiria, não sei, mas fui hackeada e roubaram o blog todo. Mas então, criei outro blog e recomecei. Rapidamente as visitas aumentaram, os seguidores também, muita gente me elogiava –e ainda elogia. Comentários, aos poucos, foram surgindo, e aperfeiçoei muito minha escrita. Hoje, sinceramente, não consigo me imaginar melhor. Mais confiante e com mais certeza que isso não acabará logo. Se tornou um sonho, e mais que sonho: vício. E eu tenho certeza que nada teria chegado até aqui se não fossem vocês, leitores, que me ajudam mesmo sem saber. Quando, às vezes, eu penso em desistir, e vem alguém e me diz que adorou meus posts, que eu devia ser escritora ou algo do gênero. Não há nada melhor. Muito obrigada.

            Be Happy. Não é que hoje faz todo o sentido? 1 ano de blog e eu não podia estar mais feliz, estar mais orgulhosa. Orgulhosa de mim, orgulhosa dos meus leitores. Nunca pensei realmente que um dia ia chegar à isso, vejo as pessoas desistindo o tempo todo, e por um ano, eu consegui. E sinceramente, espero que ainda consiga por muitos mais. De alguma forma, pedir para continuar escrevendo nesse blog é a mesma coisa de pedir para ter problemas e reclamar, mas por outra, sinto que cresci, pensei e consegui ter tantas novas opiniões desde que comecei a escrever aqui, que não quero deixar nunca mais. E para isso acontecer, peço à vocês que não deixem de ler nunca! Que comentem aqui no blog quando gostarem, ou mesmo se não gostarem. Peço que votem nas enquetes, que sigam e que divulguem. Sempre. Muito obrigada, novamente. E que venha o 2º ano (já até me peguei pensando um dia desses o que ia escrever no aniversário de 2 anos no blog)!

            Irene Chemin

terça-feira, 3 de maio de 2011

Falta de ar.

             Eu não queria ninguém daqui, mas ter alguém era um grande desejo que eu alimentava há anos. Alguém para abraçar, beijar. Alguém para amar. Ser amada era apenas o que faltava. Amor, eu já havia sentido tantas vezes que eu perdi a conta. Beijar, abraçar, suspirar. Ar. Nada fazia sentido sem alguém aqui. Amor platônico é uma coisa tão deprimente e ilusória que eu prefiro evitar. Evitar amar. Isso é tão confuso, tão triste. Pensar que cheguei a esse ponto. Parar, evitar, chorar, falta de ar. E como sempre, amar. Cansar. É o que restou.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Acabei descobrindo, da pior forma, que palavras as vezes são pouco. Que palavras as vezes não existem perto do que sentimos. Acabei tendo que me contentar que sonhos as vezes vieram para ser apenas sonhos e que o impossível existe, sim! Que olhos não demonstram tudo pois há coisas que não há como ver, não há como entender. Que as vezes lagrimas são pouco para o que sentimos, que um abraço de qualquer pessoa não fará a dor passar -e isso pode nos deixar ainda pior por saber que o abraço da pessoa que mais desejamos não será em nós. Tenho aprendido que feridas nem sempre se fecham, cicatrizes nem sempre somem. Que nem sempre podemos fazer tudo, que as vezes não basta correr, precisamos voar. E que embora as coisas mudem, pessoas mudem, nós mudemos, há algumas coisas que nunca mudarão.

domingo, 1 de maio de 2011

"Aquela menininha

que você conhecia não teria dado conta. Ela não teria suportado tanta dor. Ela teve que crescer."

Livro Fazendo meu filme 3

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