quinta-feira, 28 de abril de 2011

Ainda há motivos para acreditar?

 Eu andava sozinha pelas ruas um pouco vazias da minha antiga cidade. As poucas pessoas que estavam ali, quando me viam, paravam e me encaravam por alguns segundos. Talvez pela pessoa que eu havia me tornado, sem eles sequer saberem o porquê. Pelos meus cabelos tingidos de loiro, meus pulsos com pequenos cortes e minhas roupas sem cor. Por ter me afastado tão de repente de todos, de tudo. Dos amigos que eu me orgulhava por tê-los a anos. Tudo havia mudado, tudo. Enquanto eles me observavam, eu continuava indo em frente com a minha bicicleta em direção à uma rua qualquer. Pedalava e sentia o vendo bater em meus rosto e fazer meus cabelos voarem. Lembrava, aos poucos, do que você sempre me disse, dos seus tantos "para sempre" que não duraram nada. Bom, nada disso mais importava. Você não voltaria e nada, nunca, ficaria como antes. Eu apenas deixava as lágrimas caírem, enquanto sorria ao lembrar dos nossos momentos. Mas eu só queria o meu sorriso de volta.

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