segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Atos de criação no tempo

            Já se sabe que para entender o mundo temos que entender a nós mesmos. Quem é esse ser que observa, que pergunta, que busca uma resposta? Quem é esse ser que se reflete na matéria e cria a realidade?
           O mundo que vemos se cria com o nosso olhar. Me pergunto se o que vejo é tão belo assim ou não, ou se a beleza fui eu que criei e, portanto, ela está em mim. Se só posso entender o mundo a partir de mim mesma, talvez eu deva me perguntar: quem sou?
           E aí começa um mergulho profundo... Achava que era um tanto de coisas que aprendi por aí, pensamentos e sentimentos que ao longo do dia aparecem em minha mente, quem sabe os sonhos que tenho durante a noite. De repente descubro que sou o mundo e além deste, os universos e as estrelas que nunca consegui contar. Será que eu preciso ver para existir? Ou existe algo em mim que sabe, que espera, com calma, eu dar atenção, e então me identificar como um só?
           Até onde posso descobrir? Ou melhor, até onde posso criar? Preciso andar por aí para saber ou será que está tudo aqui neste lugar?
           E tem fim esse mundo? Ou será que o fim é em mim? Tudo isso é tão profundo. Tão profundo quanto quem sou, ou o que procuro, ou o que encontro. Ou não será tudo a mesma coisa?
           E o outro? Até onde ele vê o mesmo que eu? As vezes penso que ninguém vê o que eu vejo... Mas as vezes vejo alguém e ele me mostra tudo...

           Talvez seja por isso que as vezes tudo perde o sentido. Já dizia Cecília Meireles que a vida só é possível reinventada. Talvez a realidade esteja na forma de olhar.
           Talvez nessas páginas você veja várias coisas... Na verdade só você pode dizer o que vai ver. Tomara que se identifique, e sinta que isso está dentro de você.

           A realidade é tão sutil quanto o teu olhar.

Introdução ao meu TCC - Sincronicidade

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