Já se sabe que para entender o mundo
temos que entender a nós mesmos. Quem é esse ser que observa, que pergunta, que
busca uma resposta? Quem é esse ser que se reflete na matéria e cria a
realidade?
O mundo que vemos se cria com o nosso
olhar. Me pergunto se o que vejo é tão belo assim ou não, ou se a beleza fui eu
que criei e, portanto, ela está em mim. Se só posso entender o mundo a partir
de mim mesma, talvez eu deva me perguntar: quem sou?
E aí começa um mergulho profundo...
Achava que era um tanto de coisas que aprendi por aí, pensamentos e sentimentos
que ao longo do dia aparecem em minha mente, quem sabe os sonhos que tenho
durante a noite. De repente descubro que sou o mundo e além deste, os universos
e as estrelas que nunca consegui contar. Será que eu preciso ver para existir?
Ou existe algo em mim que sabe, que espera, com calma, eu dar atenção, e então
me identificar como um só?
Até onde posso descobrir? Ou melhor, até
onde posso criar? Preciso andar por aí para saber ou será que está tudo aqui
neste lugar?
E tem fim esse mundo? Ou será que o
fim é em mim? Tudo isso é tão profundo. Tão profundo quanto quem sou, ou o que
procuro, ou o que encontro. Ou não será tudo a mesma coisa?
E o outro? Até onde ele vê o mesmo
que eu? As vezes penso que ninguém vê o que eu vejo... Mas as vezes vejo alguém
e ele me mostra tudo...
Talvez seja por isso que as vezes
tudo perde o sentido. Já dizia Cecília Meireles que a vida só é possível
reinventada. Talvez a realidade esteja na forma de olhar.
Talvez nessas páginas você veja
várias coisas... Na verdade só você pode dizer o que vai ver. Tomara que se
identifique, e sinta que isso está dentro de você.
A realidade é tão sutil quanto o teu
olhar.
Introdução ao meu TCC - Sincronicidade
Nenhum comentário:
Postar um comentário