quero fugir
preciso ir embora daqui
Mesmo se eu escrevesse um monte de
palavras bonitas
a cidade não ia ter graça
Brasília desaprendeu a sorrir
Essas ruas
e todas essas pessoas
não me trazem sentimento algum
E mesmo com esse monte de torre
e essas pontes iluminadas
e esses carros todos
quando chega a noite
tudo fica apagado
Essas luzes
só ficam bonitas
quando vistas de um avião
Só o que nos faz lembrar de amar de
vez em quando
é o céu de aquarela
mas até tenho coragem de dizer
que preferia estar lá em cima do que
aqui
Essa cidade já devia ter sido
esquecida
e reinventada
mas sem ser planejada
só pra gente poder dar a nossa cara
para essa grande palhaçada
A única coisa que Brasília acolhe bem
é essa grande solidão
que todo mundo carrega no bolso esquerdo do terno
Venho dar-te um refúgio; O Nordeste está de braços abertos para os agoniados desse mundo. Aqui, há poucas luzes acesas pelas casas, são estrelas que iluminam estradas! Nós, a esperamos..
ResponderExcluirFico por seguir, moça.
Cheiros e Flores!
Não sei dizer, mas o sentimento de solidão parece mais presente nos finais de ano. Tenho sentido uma agonia parecida com a retratada no texto. Lindo poema, sua escrita é maravilhosa!
ResponderExcluirBeijos, Cyn.
http://ograndetalvez.blogspot.com.br