sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Nas estrelas


Ando feliz. Sorrio quando dá, dou uma choradinha de vez em quando (por que negar?), mas ando bem. Ando pulando por aí, dançando. Sempre procurando um par, mas entendi que algumas danças não se dança de dois - e mesmo assim é bom. Ainda tenho a vontade de sumir me acompanhando quase o tempo todo, mas do outro lado há uma pequena e quase não notável vontade de ficar. E fico. Porque eu já disse que não aguentava dezenas de vezes e aguentei. Ainda bem que aguentei, porque agora estou bem, sabe, bem de verdade.
Já passei pela fase de me apoiar nos outros (e esta durou), pela fase de ser apoio (e pesou) - e assim repetidas vezes. Mas há pouco me desapeguei de todos. E desapego é bom, não é? Liberdade é bom, e me faz bem. Me faz bem saber que posso fugir, mas que também posso ficar, entende? E também é bom quando os olhos se acostumam com o escuro e se pode ver melhor as coisas mesmo sem o sol brilhar.
"Se choras pro ter perdido o sol, as lágrimas não te permitirão ver as estrelas."
É excepcionalmente bom ver que posso viver sem o sol. Porque as estrelas estão aí, todas as noites. E pensei em escrever que assim como algumas pessoas vivem com pouca comida, eu vivo com pouca luz, mas achei a comparação um tanto hipócrita. As estrelas brilham. E espero que as estrelas não me abandonem.
Estrelas são tudo o que me resta.

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