Verdade que a natureza guarda

Há um cheiro de grama cortada no ar

E isso me faz lembrar

Das primaveras que passaram...

Oh flor que murchou,

O outono chegou e as folhas caíram do céu sobre ti!

Ainda vejo a cura em seu olhar

E se andarmos devagar

Podemos reconectar esse amor

Suas lágrimas vão fluir nos rios

E chegar no mar 

E quando você se lembrar

Seus pés descalços vão te mostrar o caminho dos mais belos jardins

Das rosas e dos jasmins

A Verdade que a natureza guarda

Adormece na alma durante o inverno

Se renova com a Lua

E floresce em seu sorriso de verão

Mar

São como ondas

Meus sentimentos

Que vêm com o vento

E caem como lágrimas

Mas há calma

Em quem mergulha com a alma

Nas profundezas do mar

E o luar que enaltece

Quando anoitece

Deixa seu brilho nas ondas

E com o sopro dos ventos

Que caem nas praias

Canta Iemanjá

Que eu aprenda a ser cheia como tu

E a não transbordar

Que eu seja intensa

Mas aprenda a navegar

não tenho certeza

mas a vida se ajeita

aos meus passos

que meu caminhar seja leve

para que eu não me perca

no espaço

o meu olhar longe

meus atos abstratos

são instantes

onde procuro encontrar-te

nem sempre faço arte

mas por onde passo

faço minha parte

e deixo parte de mim

talvez passar

seja arte

enfim