Quero ir além dos cálculos
Quero ser o movimento certo
Me perder nos pontos de curvas e retas
Não preciso de nada exato
Entre vírgulas me faço infinita
Não me limito a paralela ou inscrita
Quero sair do papel
Sou viva!
Não preciso que me provem
ou me demonstrem
Me sintam!
Não quero ser fórmula
Não quero ser padrão
Quero ser tudo que eu posso ser
De cálculo a poesia
De silêncio a melodia
Perante suas ordens
Rebeldia
Que não se calcula
Não se segura
Mas cura
Do vestibular
Estou dentro da minha consciência
Observo minha essência
E me pergunto
“Quem sou eu?”
Sou tudo
Ou sou Deus?
É ser
Ou não ser?
Lembrar ou aprender?
E quem estava certo:
Heráclito
Ou Parmênides?
Ou o imutável
É que tudo muda?
E a nossa origem:
Big Bang ou Génesis?
E o Abismo de Amor?
Só sei que sou
Tudo ou nada?
Não sei...
Só sei que nada ser
Só ser que nada sei
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